
O dia 18 de maio é marcado em todo país por mobilizações em
prol da Luta Antimanicomial. A FIP Campina Grande, através dos estudantes do
curso de Psicologia e a Professora Myrna Maracajá, foram responsáveis por um
momento ocorrido na última sexta-feira (17), onde foram feitas apresentações
ligadas a saúde mental, como forma de enfatizar que não deve existir prisões,
internações ou qualquer tipo de tratamento que reproduza a lógica ultrapassada
dos manicômios.
Foram divididos os grupos, cada um fazendo uma abordagem
diferente. Para fortalecer a atividade, duas pessoas que no passado tiveram
problemas com vícios e enfrentaram preconceitos foram convidados para estarem
no evento. Cada um dos convidados falou sobre suas experiências do passado, mas
enaltecendo a importância do hoje, o quanto vivem de forma diferente após o
processo de recuperação no CAPS-CG.
Durante a realização do encontro
foram feitas diversas explanações sobre a Luta Antimanicomial, uma forma de fortalecer
ainda mais a temática, como destaca o aluno Pedro Vicente. “O evento
possibilitou um olhar sobre o novo modelo e também para garantir que esse novo
modelo seja perpetuado e que a gente possa fazer uma defesa em relação as
questões voltadas para os Direitos Humanos dessas pessoas, onde as pessoas que
têm sofrimento psíquico precisam ter um tratamento mais humanizado”, disse.
Inclusive, nesta terça-feira
(21), Pedro participa de uma mesa redonda na Universidade Estadual da Paraíba –
UEPB, às 14h. Enquanto estudante de Psicologia da FIP Campina Grande, ele
estará juntamente com profissionais para debater sobre “Os desafios da RAPS
frente à nova (velha) política de saúde mental”. O debate ocorrerá de forma
gratuita, com emissão de certificado pelo CRP-13.
LUTA ANTIMANICOMIAL
O Movimento
da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com
sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à idéia de que se deve
isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia
baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta
antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito
fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a
receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu
lugar de cidadãos.
O Movimento
da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo
de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a
escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da
Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em
Brasília.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br